- Ano: 2012
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Fotografias:Peter Clarke
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Bluff, na Península de Mornington, em Victoria, é uma casa de férias que aborda com confiança o desafio de ter uma interface dupla com uma costa rochosa e um campo rural.
O prédio fica no topo de uma escarpa no município litorânea de Flinders. A visão é serena e bucólica para o norte rural, e ao sul um mar brutal no Bass Straight. O terreno está localizado em um ponto de transição entre duas geologias, um local afetado por deslizamento de terras, mais perigoso em um ponto onde tem as melhores vistas.
A planta do primeiro pavimento é um arranjo linear de espaços torcidos ao redor das árvores existentes. Os cantos em balanço da sala de estar e do dormitório principal dão a sensação de distanciamento do edifício, um sentimento de se inclinar sobre a borda.
O edifício tem duas faces. A orientação norte tem vista para cercas definidas por linhas de pinheiros, com colinas em primeiro plano. Esta fachada é revestida com placas de madeira estreitas sob medida e faz com que a casa tenha um caráter deste material, angular, mas calorosa e acolhedora. A orientação sul resultou em uma composição "em ninho" de aço pintado de escuro e vidro. As duas fachadas não são vistas juntas, mas coexistem. A geometria resultante dos ângulos do edifício oferece uma infinidade de refúgios, interior e exterior, do sol e do vento.
A intenção era criar uma casa de férias que se tornaria uma casa semi-permanente em algum momento no futuro, uma atitude cada vez mais comum nos dias de hoje. O ar de "casa abandonada" das casas de férias estão sendo, de alguma forma, tomados pelas necessidades de que as casas sejam equipadas como casas de dia-a-dia.
A uniformidade do revestimento e da composição irregular das paredes e sugerem uma qualidade escultórica à casa, algo atemporal, não utilitária e algo que irá manter o entusiasmo gerado por este local. Estas características da paleta dos materiais externos continuam no interior. Pisos de azulejos cinza, placas de piso de madeira, teto acústico branco e painéis de parede marrom chocolate reforçam a experiência interna suave e as cores externas em constante mudança.
A laje de piso térreo é uma base rígida sobre a qual se apóia uma superestrutura flexível de pregos de madeira e placas de cobertura de aço. A alta especificação de das peças de aço pintadas e pré-fabricadas da fachada permitiram uma boa velocidade e economia na construção. As esquadrias de madeira e as placas do forro, também pré-fabricadas, contribuíram para a economia e simplicidade do projeto.
A camada externa é altamente isolada: saliências profundas protegem as esquadrias, com vidros duplos, do sol, em excesso, indesejado. O telhado capta água para o edifício e jardim.
É uma casa bem projetada com uma grande complexidade e variedade de experiências. Uma casa com apena duas fachadas não é necessariamente algo ruim.